sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Essa vida... um filme! (colorido.. em preto e branco.. e às vezes, sem cor alguma)

Sou um viciado. Em algumas coisas. E quem não é? E entre um desses meus vícios, está o cinema. Ta certo que já fui mais ‘usuário’ dessa ‘droga’. Hoje, sem muito tempo, ainda consigo ver algum bom filme durante a semana e às vezes no fim de semana. Entre trabalhos, leituras e ensaios com a banda, me sobra pouco pro cinema. Não que seja a última opção. Na verdade, nem é caso de opção. Em se tratando de cinema, sempre tive mais apego e afinidade com os vilões. Na verdade, com os ‘anti-heróis’. Os heróis, geralmente, são muito ideológicos, mecânicos, moralistas, e eu não gosto nada disso. Tem um filme de que gosto muito que se chama “Anti-herói americano”. Essa película explica um pouco do que estou falando. Nos filmes do velho oeste que, desde criança, via com meu pai, sempre ficava ao lado dos índios e nunca dos mocinhos. Já adolescente, quando metido a punk, caiu em minhas mãos um filme que iria reforçara ainda mais esse meu gosto pelo ‘lado B’ das coisas. Trata-se do filme “Laranja Mecânica”, do diretor Stanley Kubrick (um dos meus preferidos da língua inglesa), adaptação do livro de Anthony Burgges. Neste filme, o personagem central, Alex Delarge, um caricato anti-herói, é interpretado pelo ator Malcolm McDowell, numa das maiores interpretações de toda a história do cinema. A força do personagem foi tanta que acabou por ofuscar um pouco (ou muito) outras atuações de McDowell. Só depois de muitos anos pude ver um personagem à altura de Alex, o Coringa, do filme “Batmam: O cavaleiro das trevas”, do diretor Christopher Nolan, também uma adaptação, desta vez, de um clássico das histórias em quadrinho de Alan Moore. Interpretado pelo ator Heath Ledger (um dos grandes do nosso tempo), o Coringa desconstrói a moral da sociedade capitalista com sarcasmo e crítica social. Outro personagem que, provavelmente, acabaria ofuscando um pouco outros futuros personagens de Ledger (se ele ainda estivesse vivo). Ledger morreu cedo, no auge da sua carreira, deixando, com força, sua marca no cinema, devido a sua ‘encarnação’ no Coringa. Neste caso, tanto Alex quanto o Coringa, dois anti-heróis, pra muitos (os que não compreendem de personagens nem de literatura), são meros criminosos, mas para os mais ‘entendidos’, acabam sendo como heróis contra a mediocridade e moralismo da sociedade. Desconcertantes dessa ordem que oprime e forja as pessoas, tornando-as nada mais do que um número. E eu, como um bom (ou mau?) cronista, encerro por hoje, fazendo das palavras de um anti-herói entre os pensadores chamado Nietzsche, as minhas: “Antes um sátiro do que um santo".
























Malcom McDowell




Alex Delarge


Heath Ledger

Coringa











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