terça-feira, 8 de novembro de 2011

Liberdade de informação?

Julian Assange e o WikiLeaks estão a perigo. E agora? Onde estão os arautos da informação livre? Meios de comunicação e jornalistas que discursam a dita ‘liberdade de imprensa’, ‘informação livre’, e etc. Manifestem-se! Reajam! Ou tudo não passa de falatório? Discurso? A acusação que recai sobre Assange, o mentor e principal força do site WikiLeaks, é no mínimo questionável ou suspeita de tentativa conspiratória. O cara se meteu com ‘peixes grandes’ e agora está pagando. Grandes corporações e seus governos capitalistas estão tentando a todo custo acabar com Assange e o WikiLeaks. Se realmente, os meios de comunicação de massa se importassem com uma comunicação, uma informação livre e comprometida com o social, seria agora à hora de se manifestarem contra essa tentativa de poda, censura, perseguição e aniquilação do WikiLeaks. Mas não. Essas empresas de comunicação estão sob o julgo e interesses dessas corporações, dessas empresas poderosas e seus governos corruptos e ideologicamente mantenedores do sistema – desse sistema, que tanto discursam contra. Até a revista Veja saiu com uma capa onde se demonstrava ao lado das manifestações contra a corrupção no país. Mas quem é a Veja? Quem está por trás dela? Não sei. São apenas perguntas de um homem curioso que precisa ter uma crônica publicada por dia no jornal, cara pálida! Parte de parte do meu ofício. Coisas que só a ‘democracia’ permite – né?! E ‘viva a democracia!’. Amém! Mas é isso, vamos lutar por essa condição ou não? Condição de ‘liberdade’: Iluminismo, Revolução Francesa, Liberalismo, e toda aquela coisa que predomina na nossa cultura ocidental até hoje. Mas o quanto disso tudo é realidade? O quanto disso tudo é só discurso? Não sei. Mas, é questionável, no mínimo. Quem acredita e qual é a relevância de Assange ter cometido mesmo algum ‘crime’ de ordem sexual? Isso diminui a importância de quem ele é para o mundo da informação, da comunicação? Por quê? É o discurso acima da velha e maquiada moral tentando submeter o que é realmente relevante. Daqui um pouco, isso tudo desaparece e fica no esquecimento – levando em conta a miserável memória de grande parte da população, que segue modismos e tendências, que acredita cegamente nos meios e é condicionada a não duvidar, questionar, pensar - apenas crer e seguir. Assim é que se mantêm as ‘verdades’ intocáveis – e o modo de vida, a moral, as crenças e costumes, numa razão forjada para o privilégio de poucos que, maquiavelicamente, dão as cartas do jogo.



Nenhum comentário: