domingo, 20 de novembro de 2011

Eu animal ‘colonista’ social

Eu sou um animal. Um animal pop. Além de dar aulas de história, filosofia, linguagem, produção textual, redação e literatura, escrevo maldições literárias (ou não) num jornal, num blog; componho e toco guitarra numa banda de rock, tiro e queimo fotografias, me arrisco em alguns movimentos de kung-fu, como e bebo bastante, entre outras funções. Também já fui capa de revista (Globo Rural). Já me confundiram com um colunista social, mas nunca com um astro do rock xapecoense ou um escritor xapecoense dos bons - mas aqui tem disso? Bem, não vem ao caso! Sou um animal, assim como você, e estou montando uma nova revista na cidade onde serei o ‘colonista social’. Sim, uma revista aqui da roça, lugar onde moro e tenho orgulho (por acaso alguém já veio aqui em casa pra duvidar?). Pras minhas fotos pousarão muitas personagens, principalmente as do mundo animal. Bois, boys, vacas, galinhas, zebrinhas, veados, garças, asnos, antas, jacarés, morcegos, cobras, baratas, tigres, gatas, cachorros, lagartos, minhocas... Uma diversidade. Como uma fauna de verdade deve ser. E esse mundo por acaso não é uma fauna? Encontramos bichos de tudo quanto é tipo. Os peludinhos e os sem pelo algum. Os amáveis e os bravinhos. Os bonitinhos, os mais ou menos e os feios. Os que inspiram confiança, os que inspiram medo e os que inspiram nada. E que bom que é assim, não é? Nunca faltarão animais gentis (outros nem tanto), em poses para o meu magnífico click. Eu e meu olho mágico de artista conceitual-contemporâneo-vanguardista. Sou o melhor fotógrafo de celebridades da fauna xapecoense, disparado! Não tem pra ninguém! Nem Tiago Freitas, Antonini, Digão... Ish! Nada disso. Eles que se acostumem! Minha polaróide já está no concerto, a ponto de bala. Vai ser um escândalo. Notícia na televisão que, as propagandas publicitárias do shopping Pátio e da Efapi 2011, vão parecer piada. Vou vender anúncios como ninguém nem como nunca. Todos vão me querer no seu plantel. Sou um animal determinado. Um lobo que habita as estepes por aí – e nessa solidão, tenho tempo e espaço pra pensar e criar meus meios. Astuto e com muita energia pra gastar com suas presas. Me transmuto fácil de lobo pra falcão. Assim dou meus rasantes. Assim, vôo sobre os abismos que um tal de Nietzsche deixou como perturbação humana. HGS, o ‘colonista social’ é pop! Animaaaaaal! E pros daqui que vão pro litoral e dão as costas pra sua origem, vai o meu recado: “Você pode até ter saído da roça... Mas a roça nunca saiu de você!”.



2 comentários:

Anônimo disse...

Eu estou voltando pro meu lugar (que nao é o litoral). Mas espero levar as coisas boas que encontrei nessa roça comigo! E espero que um dia esse animal exotico e sua parceira na arca de Noe conheçam o meu lugar e levar dele um pouco daquilo que encontrarem de bom tambem! As portas estão sempre abertas. E as janelas tambem!

Anônimo disse...

hahah, adorei!